Templates da Lua

Créditos

Templates da Lua - templates para blogs
Essa página é hospedada no Blogger. A sua não é?

Elogio da estabilidade

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Constantemente me pego com um sentimento de culpa bastante familiar por não conseguir mudar as coisas ao meu redor ou não fazer pequenas (ou grandes) transformações na minha vida. Concordo que muitas vezes o receio supera a iniciativa. Mas quer saber? É apenas mais um daqueles pensamentos programados, daquelas idéias que parte da sociedade atual tenta me impor ou vender como "a melhor solução". Não é em todos os casos ou a qualquer momento que se faz necessária uma revolução. Eu simplesmente não TENHO que mudar. Nem sempre isso nos faz ter benefícios, muito pelo contrário...

Pra ser sincera, chego a não entender - ou melhor, sinto pena de pessoas instáveis. Parei de ter inveja delas há muito tempo. Para mim, elas são tão inseguras como as que descrevi no post anterior. Uma pessoa é inconstante por quê? Porque ela não se satisfaz com nada, porque ela não consegue ser feliz ou ter paz com o que tem - por isso quer sempre mais, coisas diferentes, experiências impulsivas. No fundo, quem acha tanta satisfação em continuar se transformando, quem só fica aliviado sem se sentir "parado", nunca encontra satisfação ou alívio de verdade. E, em muitos casos, pode perder tesouros preciosíssimos para sempre...

Pessoas assim morrem de medo da palavra rotina e a abolem como se fosse algo extremamente negativo. Não é. Pode ser em muitos casos, mas não é necessariamente ruim. Posso dar N exemplos... (ok, não tenho muito tempo para descrevê-los, sorry)

Pois é. Faço, aqui, uma defesa clara da estabilidade. É claro que mudanças são essenciais na nossa vida e no nosso mundo; sem elas nada evoluímos. Mas, ainda que pareça "cool", "engajado", vanguadista e o caralho, viver como uma "metamorfose ambulante" só é legal mesmo naquela música. É na estabilidade que vemos como as coisas são de fato, que podemos analisar tudo para não viver tantas surpresas desagradáveis, e é nela que construímos uma realidade, além da nossa identidade. Estabilidade não é pensar como nossos avós, muito menos deixar de aproveitar o presente - é, sim, poder ter alguma segurança de que será possível continuar tendo e fazendo escolhas (até mesmo optar por mudar ou não).

Ao contrário do que muitos pensam (de forma simplista), estabilidade não é sentar no sofá, se acomodar e ver a vida passar. É ter um motivo, um propósito, um objetivo, algo por que lutar. Estagnação é algo diferente...

Agora, instabilidade constante (paradoxo?) é coisa de gente fraca. Gente que não sabe e nunca vai saber o que quer. Gente que gosta de fugir no primeiro desgosto que enfrenta, que desiste porque "cansou", que faz drama ou se desespera por qualquer problema que aparece, que chora sem querer. Aí vêm me dizer que eu tenho medo de mudar... pois acho que é o inconstante que tem medo de ficar onde está!

Gente que troca de opinião como quem troca de canal. Admiro pessoas com personalidade E flexíveis, o que é perfeitamente possível. Mas saber ser flexível não é ser influenciável, da mesma forma que ter opiniões formadas não é sinônimo de ser um eterno cabeça-dura. Aliás, gente inconstante costuma ser tão exagerada... para eles, é tudo 8 ou 80. Não tem meio-termo, não tem equilíbrio - logo, não há como ter harmonia de jeito nenhum. Gente inconstante gosta de dizer que o é como se isso fosse motivo de orgulho. Eu acho crítico, e até lamentável.

E tem mais: somente os que são muito pacientes conseguem aturar e conviver bem com pessoas inconstantes. Mas é uma triste sina para eles... Ok, às vezes a tarefa torna-se um pouco divertida, mas não deixa de ser difícil.

Mas tudo bem; cada um é de um jeito e que bom que não somos todos iguais! Tenho amigos (e mais que amigos) assim e não deixam de ser pessoas maravilhosas (ok, hora de babar ovo! heheh). Quis apenas manifestar uma opinião e uma visão diferente do assunto. Procuro respeitar e espero o mesmo respeito sobre o que sou também.

Um post pensado no ponto de ônibus

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Durante esses dias, alguns fatos me fizeram lembrar da época da escola. Na verdade, ser sempre um dos alunos mais inteligentes da turma nunca foi tão bom como se pode imaginar. Não apenas por causa da constante pressão dos pais e de si mesma para tirar ótimas notas (e isso significa ser neurótica a ponto de ficar um dia inteiro deprimida por causa de um 6 ou chorar horrores depois de um 3,5 na prova). Mas, também, porque se você der mole, acaba virando escravo dos outros.

Começou no primário, quando, ao final de um teste, uma colega (que nem falava direito comigo!) me chamou de "vacilona" por eu não ter me arriscado a passar cola pra ela. Era sempre aquele esquema, né? A professora falava "prova" e neguinho quase se estapeava para se sentar perto de mim. Nessas horas, meu grupinho de amigos do peito automaticamente passava de 3 membros para 10, de forma assustadora. No recreio, eles voltavam para perguntar "ei, qual era a resposta da questão 2?", não se contentando com um "também não sei, pô". E quando eu dizia que não tinha estudado? Pior é que quase sempre era verdade, mas parecia sacanagem porque, na hora de entregar a nota, vinha de 8 pra cima. Aí fiquei com fama de CDF, vacilona e mentirosa!

Enfim. Mas o lance da escravidão nem estava aí. Foda é quando você vira o "quebra-galho" dos seus amigos. Primeiro era um "ah, me explica isso aqui", depois tinha o "poxa, não consegui estudar pra prova... me ajuda aê", até que surgia aqueles "tô com mil coisas pra fazer hoje (porque precisa recuperar nota), e não sei como que faz esse trabalho... dá pra fazer ele pra mim?". E lá ia a Santa Mônica, a Nossa Senhora dos Amigos Desesperados, para acudir os fracos e oprimidos de sua patota. Afinal, eu tinha todo o tempo do mundo...

Primeiro grau, segundo grau, até na faculdade passei por isso algumas vezes. Não que eu tenha reclamado - fazia até com prazer, na maior parte das vezes (otária ¬¬). Mas é incrível como certas pessoas não conseguem se virar sozinhas. Não são pessoas burras, não, até porque eu nunca tive muita paciência para lidar com gente estúpida. Também não são do tipo exploradores (pelo menos não a maioria), porque se não nem estariam entre minhas seletas amizades. Simplesmente são inseguras de seu potencial. Eu, com todas as minhas neuras, inseguranças e complexo de inferioridade, nunca dependi de outros para cumprir minhas tarefas individuais. Pelo menos nada que passasse de um conselho ou uma dúvida isolada. Sempre fiz questão de querer resolver por mim mesma o que estava delegado a mim. E fico boba quando vejo gente totalmente capaz e aparentemente "independente" em tantos aspectos agir como crianças que não sabem nada e não conseguem aprender o bê-a-bá do que estudaram por tanto tempo.

E fico triste também. Só fico meio puta quando isso acontece várias vezes na semana, como se eu não tivesse outras quinhentas coisas para fazer. Sozinha.

PS: Não era pra ser um desabafo. Juro.

Sobre gatos e feminilidade

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Navegando na internet, deparei-me inesperadamente com este texto falando sobre gatos. Achei muito interessante e perspicaz, ainda que o cara tenha viajado um pouquinho sobre umas coisas da Bíblia. Gostei da teoria dele e acredito que (1) sim, os gatos são um dos mamíferos mais injustiçados do planeta; (2) a relação deles com o feminino e toda a simbologia mencionada faz sentido; e (3) eles não são nada daquilo que o "senso comum" dissemina - são, sim, apaixonantes, autênticos, fiéis, carinhosos, limpos e charmosos. E merecem todas as glórias por isso! ^^

Não quero nem pensar no que eu faria se visse alguém maltratando um gatinho... ai, nem posso imaginar!

Quem decide sobre o aborto?

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Adeus, legalização do aborto. Num país como este, nem é de surpreender esta notícia. O que me surpreende ainda é o fato de apenas UMA mulher participar da votação. Em qualquer outro país civilizado e democrático sso seria um absurdo, uma contradição.

Discurso de Jefferson Peres

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Para quem ainda não sabe (= não discute política ou não lê nem vê jornal), no dia 23 de maio, perdemos um dos raros políticos com um traço de ética neste país: o senador Jefferson Peres, que representava o estado do Amazonas no Congresso.

Em agosto de 2006, antes das eleições, ele subiu à tribuna para um pronunciamento marcante, que todos deveriam ouvir. Vale a pena.

Quem preferir ler o discurso, pode achá-lo transcrito aqui.

Daqui a pouco teremos outro período de eleições... Em quem votaremos?

CLEPAW - Forma ou conteúdo?

domingo, 8 de junho de 2008

Muito interessante este vídeo e texto postados no Videorama. Renderia uma boa reflexão e momentos de mais teorização e discussões sobre o quão superficial, alienada e egocêntrica é a nossa sociedade.

Confesso que jamais reconheceria o cara ou mesmo o nível de qualidade da música.
Confesso que talvez um dia atribulado não me permitisse ficar tanto tempo como a moça que aparece no final.
Mas certamente eu teria um grande prazer em parar e ouvir.
Você teria?

Pensamentos aleatórios I

terça-feira, 20 de maio de 2008

Acabei o post interminável.
E, pra variar, ficou irrisório e muito diminuto perto do que eu queria expressar.

CLEPAW (3)

sábado, 17 de maio de 2008

Primeiro, um texto que eu havia lido há algum tempo e achei interessante... Não liguem para o estilo meio "auto-ajuda"; ele realmente me feez refletir bastante ao fim de uma fase que exigia desesperadamente de mim isso: sair da zona de "conforto" (que há meses não estava tão confortável assim).

Segundo, dez bichinhos super-hiper-mega-ultra fofos que achei num blog. Cute e kawaii até não poder mais! *_*

E por último, um jogo viciante e ótimo para descontar a fúria daqueles dias de TPM braba. Adoreeeei (se alguém conseguir passar daquela mulher-montanha bizarra, me avise!)


Enjoy it!

Blindness

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Finalmente ganhei (de aniversário) o livro Ensaio sobre a Cegueira, do Saramago. Claro que do meu namorado, que já tinha lido a obra e sabia da minha vontade em lê-la. Isso tem mais ou menos uns cinco anos... Lembro-me de que estava no período entre o resultado do vestibular e o início das aulas na UFF, e queria aproveitar a Bienal do Livro daquele ano (2003) para comprar algum título que falasse mais sobre Jornalismo. Catei listas na internet e me deparei com uma que incluia esse do Saramago entre os livros "que todo jornalista deveria ler". Estranhei, por ser uma ficção que sequer citava jornais ou repórteres. Mas fiquei apaixonada quando li completamente a sinopse.

Não pude comprá-lo na época, por falta de uma graninha a mais. Mas sempre ia "namorá-lo" na FNAC, passando os olhos na capa, na contra-capa, no verso, na primeira página - e no preço, claro. Depois, a natural falta de tempo e o volume de leitura da faculdade me impediram de ficar matutando a compra de mais um livro - embora, confesso, eu tenha comprado e lido alguns outros de literatura, é verdade. O fato é que acabei deixando pra lá, pensando "um dia eu compro". Até que me chegou um namorado, longe de ser simplesmente um qualquer, que reacendeu esse meu interesse na obra. Quando ouvi falar na possibilidade de ver a história no cinema, ainda mais dirigida pelo Fernando Meirelles, então, surtei geral. I need to reed (and watch) this!

O lance é que, hoje, não consigo mais deixar O Ensaio sobre a Cegueira na estante. Mesmo não tendo lido mais do que quatro páginas no fim-de-semana por motivos alheios à minha vontade. Em menos de dois dias, só em algumas viagens possíveis de ônibus (!), já cheguei à página 55. É muito bom! Pelo menos até agora...
Assustador também, é fato. E a cada página ele se revela ainda mais assustador. E, mais do que isso, vai prometendo ser muito mais assustador algumas páginas adiante. Não no sentido de pregar sustos, mas... bom, quem já o leu, vai entender. E quando penso nas passagens que o Lucas me contou por alto, fico ainda mais angustiada. Principalmente ao acompanhar o blog sobre o filme...

Ah é!! Era justamente disso que queria falar: o Fernando Meirelles fez um blog falando sobre o processo de "construção" de Blindness. Os relatos são ótimos, vale a pena ler (para quem é fã do cara ou está louco para assistir à fita). Quem quiser ver o (também ótimo) teaser, dê uma olhada aqui.

Ontem fiz 23 anos

sábado, 10 de maio de 2008

Aniversário é uma coisa engraçada. As pessoas te dão parabéns... Mas parabéns pelo quê? Por mais um ano de vida? Seria algo como "parabéns, você conseguiu sobreviver neste mundo cruel, cercada de malucos, por mais 12 meses!". Deve ser...

* * *

É, chega uma certa idade em que você se olha no espelho e percebe que realmente cresceu. Onde está aquela garotinha que eu conhecia tão bem? Talvez ainda se debatendo dentro de mim, lutando para não ser esquecida totalmente. Ou, talvez, esteja atrás de mim, a uns dez metros, acenando. "Tchau, Nicky. Foi bom estar com você... na medida do possível".

* * *

Como disse um colega meu ontem, pelo menos pra uma coisa serve o orkut: memória. Mas, ainda assim, muita gente se esqueceu (ou fingiu esquecer, haha!) do meu aniversário. Gente de quem eu lembro com alguma freqüência até. E também foram pouquíssimas pessoas na comemoração à noite (ok, eu chamei muito menos gente esse ano. Mas metade não foi porque não quis). Tudo bem, foram-se os tempos em que eu ficava deveras frustrada e magoada e triste por causa disso. Enfim, o saldo foi positivo: pessoas realmente importantes se importaram, e é isso o que importa, não é mesmo? E recebi uma carta e um cartão que umedeceram meus olhos e me fizeram pensar em uma frase que parece tirada de livro de auto-ajuda ou agenda de menininha, mas é muito significativa: amigos de verdade são como diamantes. Raros, mas preciosíssimos!

* * *

Eu podia ter ganhando um aumento de presente da empresa, não? XD